setembro 04, 2001

Estou na buzzine.info

maio 28, 2001

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MARKETING HACKER
http://www.marketinghacker.com.br

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uma e-zine e-revolucionária

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Newsletter 011/2001
Maio, 04, 2001
Editor: Hernani Dimantas (mailto:hernani@marketinghacker.com.br)
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Índice

1. Parangolé
2. Alquimia
3. Vozes da Internet – Flores Portuguesas
4. Por Dentro - TDCRC
5. Por Fora – Spam mais uma vez... e sempre!
6. Escovando os Mercados – Tudo pode ser uma Farsa
7. Convidado Hype - Um cavaleiro contra o "Big Brother"
8. Biblioteca Binária – The Hacker Ethic
9. Abstract - Fake
10. Auto Promoção sem Vergonha

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1. Parangolé

Vamos falar de negócios. Acredito que não há nada melhor do que uma comunicação pessoal transparente e aberta. Na Internet este inter- relacionamento é potencializado.

Algumas empresas preferem ficar de butuca, espreitando por trás do firewall corporativo para se abster de uma conversação mais “caliente” com os seus ... clientes!!!

Aliás as empresas sempre tiveram uma postura monolitica. Isto não significa que são conservadores. Foi assim que aprendemos a conviver neste mundo dos negócios, e fica mais fácil reaplicar conceitos do que redescobrir novas fórmulas. A gestão empresarial se desenvolveu muito. Os departamentos são eficientes, sabem trabalhar, e conhecem seus produtos. As empresas abusaram da sua própria capacidade de gerir o conhecimento interno.

Mas a Internet aconteceu. E toda aquela balela administrativa ficou desatualizada. Então vamos fazer um “upgrade”, e trazer a administração para os novos tempos digitais!!! Este é o nonsense desta situação.

Um upgrade pode atualizar teu computador, mas não funciona em seres humanos. Os mercados se tornaram inteligentes. A administração tradicional não contava com essa variável. A gerência não sabe o que fazer. Os consumidores abriram caminho entre os bytes, e romperam as barreiras construídas durante a era industrial.

Muitas empresas já perceberam esta força. A Ford comprou 350.000 computadores, e distribuiu para os seus funcionários poderem acessar a Internet nas suas casas. Significa que vão ter liberdade de participar da rede, falando com a voz própria. Eles estão ao mesmo tempo ensinando e aprendendo. Os mercados agradecem. Assim como a Ford, que passa a ter um batalhão de pessoas envolvidas na busca do conhecimento, que de uma forma ou de outra, vai retornar à empresa, outras empresas já enxergam esta variável. Isto é moderno, fantástico, e extremamente saudável para a humanidade.

Em contrapartida, outras empresas, retrogradas, não perceberam a revolução evolutiva. Deixam seus funcionários isolados, liberando a rede para uma casta corporativa que não tem liberdade de falar com a própria voz. Estas empresas vão sentir que os mercados não brincam. A fatura desta arrogância e miopia vai chegar...com juros e correções monetárias.. hahaha

Abraço Hacker

Hernani Dimantas

2. Alquimia

As coisas podem ser diferentes. Dentro deste ponto de vista podemos transcender a imaginação. Fazer diferente implica em prestar atenção nas tendências da sociedade, e perceber que a ética protestante, que enaltece o trabalho remunerado como a melhor solução, está batendo pinos. E não deve continuar assim sem uma revisão completa.

Sempre digo que podemos fazer as coisas diferentes. Percebi, no entanto, que estou deixando estas coisas mal explicadas. Será que podemos atuar nos mercados de outra forma? Será mais uma balela administrativa? Ou o quê?

Vivemos numa sociedade que enfoca a remuneração como o fator principal do trabalho. Esta ética burocrática é fruto do desenvolvimento da Indústria e do crescimento da classe média trabalhadora. Mas isso é uma novidade de apenas 200 anos, talvez um pouco mais.

Bem, há quem diga que o dinheiro move o mundo. É verdade. No entanto, o crescimento das ONGs mostra que não só o dinheiro está mexendo com as estruturas. O voluntariado está começando a mostrar que é viável. Além de estar promovendo justiça social, está arregimentando colaboradores pelo mundo afora. Muitos desses colaboradores estão sendo remunerados de um modo alternativo. O dinheiro já não move o mundo sozinho. Outras estruturas estão aparecendo, e modificando a sociedade.

Estamos cansados desta idéia de trabalhar só pela remuneração. Acho que depois de ter vivenciado as conquistas sociais dos últimos 40 anos, não poderia deixar de lado toda esta experiência, e me enquadrar neste mundinho corrompido dos negócios. Quem prega que os ideais devam ser deixados de lado para uma adaptação natural vai ter que se entender com a sua própria consciência.

Nossas vidas não são mais felizes porque trabalhamos por dinheiro, e nem encontramos tempo para nos deliciar dos pequenos prazeres que criamos. Acreditar na lógica do “Real” não vai nos trazer felicidade a longo prazo. E muito menos para os nossos filhos. Pensar diferente implica em olhar para a vida, e querer vive- la melhor. Apenas isso!

Mas será que é impossível? Depende, há setores tão retrógrados que as relações trabalhistas estão, apenas agora, deixando as amarras feudais. A extinção da lei do passe no futebol é um avanço indiscritível para esses profissionais. A Internet, e todas as derivações, são mais permeáveis a novas fórmulas de trabalho. As empresas começaram a encarar os mercados com mais transparência do que as corporações tradicionais. Há espaço para o teletrabalho, para criatividade, para o conhecimento, e para uma maior interação funcionário e empresa. É uma tendência.

Bem, o Marketing Hacker prega a reputação ao invés da remuneração. Parece uma idéia idiota. Pois seria alguém tão louco para trabalhar apenas angariando reputação, e o dinheiro nosso de cada dia ficaria nos bolsos das pessoas atrasadas que adoram trabalhar por remuneração.

Mas estamos vendo o mundo a nossa volta progredir. Linkado à rede, vemos pessoas desenvolvendo projetos próprios, comunidades conversando e criando fórmulas alternativas. E empresas desenvolvendo negócios baseados na criatividade dos seus clientes.

Não é para menos. A informação anda na frente, e esses setores relacionados estão um passo adiante. Não é por acaso que o movimento Hacker está atrelado desde os seus primórdios a programação de software, e se estendendo através da industria da informação.

A ética Hacker mostra que existem possibilidades diversas. O profissional deixa o seu lado subordinado para fazer parte da história. Esta deixando de ser peão, para abocanhar os mercados como peça importante. Este profissional cria seus espaços, e compartilha seus conhecimentos com os mercados. Estamos fazendo isso em listas de debates, fóruns e chats. Buscando informações relevantes para somar aos nossos projetos.

Deixe prá lá as bobagens corporativas. Converse, e deixe teus funcionários, ou subordinados, extravasarem na rede. Todo mundo tem um pouco desta alquimia para distribuir na Web. Deixe correr o sangue virtual. Quando você menos perceber estará começando a assumir valores da cultura Hacker. Experimente!



3. Vozes da Internet - Flores Portuguesas

Fiquei chocado com a resposta de uma reclamação que minha amiga Dulce Dias recebeu de uma floricultura portuguesa. A Dulce é diretora do site de marketing Emarketeer. Não deve ter jamais encontrado uma estratégia de anti marketing tão grosseira.

Esse pessoal deve ter ouvido dizer que os mercados são conversações, mas não entenderam direito. Para eles os mercados são mal entendidos.

PS. A reclamação da Dulce foi enviada porque após preencher todos os detalhes da compra, inclusive dados do cartão de crédito, apareceu uma mensagem: “Está loja está encerrada para manutenção. Por favor tente mais tarde. Pedimos desculpa pelo incómodo". Ora, a mensagem poderia aparecer antes do preenchimento...

From: Rui Martins [mailto:isisflor@ip.pt]
Sent: Tuesday, April 24, 2001 8:29 PM
To: dulce dias
Subject: Re: Reclamação de ISISFLOR ?


Viva,

Agradecemos o seu relato dos acontecimentos. Tal como diz, deve mesmo ser adolescente e impulsiva (o que é muito bom).
Saber o que se passou teria sido a primeira coisa a fazer, antes de JULGAR.
O seu relato é para nós novidade. Fez-nos um enorme favor em colocar este caso ao SAPO, obrigado. Se ainda tem interesse em explicações, leia o restante ( tal como li todo o seu mail ): A explicação de forma simples para quem não percebe de informática e Internete, é que o programa que utilizamos é gerido e mantido nos Servidores do SAPO e toda a responsabilidade técnica, cabe-lhes. Cada falha do sistema ( e para tal basta faltar a luz em Miraflores) é altamente prejudicial para a ISISFLOR resultando em prejuízos directos e indirectos, sendo a perca de um negócio pouco importante, mas a MÁ opinião de um só cliente muito importante. Aqui na ISISFLOR somos comerciantes, vivemos de clientes. Não se deixe baralhar. Estamos certos que o Sapo lhe vai responder ( nós vamos exigilo ) e poderá ver a explicação técnica quelhe dão, mas achamos muito estranho o que se passou, pois no seu caso já estava a terminar a encomenda quando apareceu a mensagem ...Manutenção..., que a ser verdade devia aparecer no momento em que acedeu à loja.
É bom que goste da " Romeira ", há quem goste de VW carocha antigo a preços Modernos, agradecemos é que não nos Compare pois é insultuoso.
Há 13 anos que produzimos Arte Floral, e toda a n/experiência em vendas por telefone nos Abriu como pioneiros o sucesso na Internete. Esta "desconhecida?" é considerada a melhor Empresa Nacional na sua área de negócio, basta a sra. estar atenta e ler as revistas que por aí se vendem, se o desejar. Com os mais respeitosos cumprimentos, (não lhe envio flores fúnebres, é muito jovem)

Rui Martins
Gerente Comercial
ISISFLOR, Lda.


Nota explicativa:
“Romeira" é a mais antiga e mais conceituada de todas as floristas nacionais. E, eventualmente, a mais cara também! :)
E foi onde, via telefone, acabei comprando as flores - e fiz questão de dizer isso mesmo no email de reclamação!

Pergunta da Dulce:
Acham que isto é tratamento que se dê a um cliente??? Não bastava o serviço não funcionar, como o "cara" ainda me ofende, trata mal e menospreza a concorrência?

Dá prá acreditar? Mas esta é a mágica da rede, pois uma mensagem como essa se espalha rapidinho...

4. Por Dentro - TDCRC

Christopher Locke e Eric Norlin deixaram o personalization.com para uma nova empreitada. TDCRC - Titanic Deck Chair Rearrangement Corporation
Locke está lançando seu novo livro Gonzo Marketing: Winning Through Worst Practices (que estará disponível para venda em outubro). Ele oferece a introdução para seus leitores mais ansiosos.
No site, apresentam seus serviços de consultoria, cujo processo está dividido em dois estágios: 1. Destrua a sua empresa, e 2. Reconstrua a sua empresa – Nada mais óbvio.. hahahahaha 


5. Por Fora – Spam mais uma vez... e sempre!

A lista WebMKT ainda tem alguns probleminhas para criar sua própria identidade. Mas nesta semana alguns participantes como Evandro, Murch e Athens me surpreenderam com um debate muito legal contra este spammer convicto, e sem “flames”:

email de um spammer -> Não vou negar, sou um SPAMER, envio SPAM para uma grande base de dados que tenho oferecendo os produtos da empresa que eu trabalho....
Mas afinal de contas porque tanto ódio do SPAM...isso é importante debatermos pois não passa de uma ideologia barata de alguns internautas e de pessoas que querem ganhar dinheiro com o marketing de permissão...........
Agora , melhor que o SPAM seria o MARKETING DE PERMISSÃO, onde as pessoas autorizam para receberem diversos tipos de email e ganham por isso. ..................
Sabem quem é o cara que mais odeia o SPAM? É o dono de uma empresa de marketing de permissão pois ao pedir um orçamento a eles me passaram o preço de R$ 0,50 por email que é um puta absurdo pois eu teria que gastar R$ 5.000 para enviar o mesmo numero de email que eu enviei por 40 reais.
Gostaria que vocês vissem o outro lado pratico da vida do SPAM e não ficassem somente na ideologia, pois acabar, o SPAM não vai então estejam abertos a tirar o máximo de proveito dele enquanto ele existir.

Murch-> Gasto o meu tempo. Tempo que não tenho, e mesmo que
tivesse, não gostaria de gastar lendo propagandas ou coisas que não solicitei.. Poxa.. EU pago o meu provedor.. Eu pago a minha caixa postal... Não vce, spamer.... vce não tem o direito de me mandar o que não pedi... certo ?

Evandro -> garanto que vc teria muito, mais muito, mais retorno se vc tivesse investido no mkt de permissão e o q é melhor teria uma equipe de profissionais te auxiliando mensurando o seu retorno etc..., portanto não vejo lado positivo em spam

Athens -> o problema de comprar uma lista destas é que vc atua como uma metralhadora giratória. Até quem não precisa acaba sendo alvo do tiro. O fato é, do número de visitas, quem realmente entrou em seu site com potencial para consumir o produto ou serviço que vc estava oferecendo?


6. Escovando os Mercados - Tudo pode ser uma Farsa

A Internet é tão maluca.... Existe espaço para divulgação de coisas estranhas, extravagantes, e as vezes idiotas. Mas isto não tem a ver com marketing viral, nem com marketing propriamente dito. É apenas um tipo de expressão digital. Os mercados estão mostrando o que estão querendo. E não são produtos nas prateleiras. As pessoas estão cansadas de ser alvo na guerra de marketing. E nós marketeiros ficamos perplexos, e queremos olhar estes fenômenos como mais uma oportunidade de negócios. Pense diferente... esta é a melhor maneira de ser “viral”.

Eu acredito que a reputação é a única característica que se sobressai nestes tempos de Internet. Pois somos consumidores e homens de negócios ao mesmo tempo. Nossas ações agora tem memória. Não seja bobo, não envie spam... seja legal, ou você estará exposto ao anti marketing viral. Esta é a realidades, meus caros amigos!!! Os mercados estão mudando nosso comportamento.

A Internet ainda é lugar para amadores. Pessoas que amam seus trabalhos hiperlinkados. No entanto, para manter este amor, precisamos criar um meio ambiente ético, um novo bom senso. Eu acredito que a tríade: reputação, amor, e ética são os pontos nevrálgicos da Web.

Os mercados são conversações, e as pessoas estão buscando por boas referencias para conversar. Existe uma enorme diferença entre o boca a boca, e a verdadeira voz. Os mercados não querem qualquer bosta. Queremos bosta de qualidade... hehehe

All Your Base Are Belong To Us é um excelente exemplo. Uma paródia de um game explodiu os mercados. AYB é muito mais do que um vídeo em Flash. É uma intervenção nas entranhas dos valores da sociedade. Mostra que o conhecimento – a sociedade da informação – nos pertence. Make your time. Vivemos num mundo transformista. Tudo pode ser uma farsa


7. Convidado Hype


Um cavaleiro contra o "Big Brother"
Alex Lamikiz, editor de Bitniks entrevista com Ignacio Ramonet, diretor do Le Monde Diplomatique
Estávamos acostumados a enfrentar um inimigo escabroso, porém agora teremos que enfrentar o "big brother", um poder que exerce um delicioso despotismo graças à publicidade.
http://novae.inf.br/bitniks/ignacioramonet.htm


8. Biblioteca Binária

The Hacker Ethic
Pekka Hinamen

O Jargão dos Hackers define:

Hacker:

1. Acreditam que o compartilhamento de informações é um bem positivo e poderoso, e é um dever ético dos hacker dividir suas qualidades escrevendo software livre, e facilitando o acesso a informação e dos recursos sempre que possível..
2. Acreditam que “crackear” sistemas por brincadeira ou para exploração é eticamente OK, desde que este cracker não cometa nem um roubo, vandalismo, ou quebra de confidencialidade.
3. Um “expert” ou entusiasta de qualquer tipo. Pode ser um hacker astrônomo, por exemplo.
4. Alguém que enfrenta o desafio intelectual através da criatividade ou burlando as limitações.

Download o primeiro capitulo: The Hacker Work Ethic
http://www.hackerethic.org/chapter01.html

Leia também do autor

A Brief History of Computer Hackerism
http://www.hackerethic.org/writings/hackerhistory.shtml

The Academy and the Monastery
http://www.hackerethic.org/writings/academyandmonastery.shtml

9. ABSTRACT

The Internet is so weird.. there is place for awfull divulgation. But neither I call it viral marketing, nor marketing at all. It´s a kind of the web expression. The markets are showing us what they want. And it´s not products on shelves. People are tired to be the marketing war´s target. We marketeers look for each phenomenon as one more business opportunity. Think
different... that´s the way to be viral.

I do believe that reputation is the only characteristic that surpass the Internet time. Because we are consumer and businessmen at the same time. Our actions have memories. Don´t be fool.. don´t spam... act well.., or you
will be passive of anti viral marketing. That´s the reality, folks !! The markets are changing our behavement.

The Internet still the place for amateurs. People who loves their wired job. However to keep on loving this, we need to create an ethic enviroment, a new commun sense. I do believe that the triade: reputation, the amateurs
loving, and ethics are the Internet tipping point.

The markets are conversation, and the people are looking for good references to talk with. There is a very big difference between the insipid mouth to mouth, and a real voice. The markets are not looking for the simple bullshit. We are looking for very good bullshit... hehehe

All Your Base is a good example. A game parody blowing up the markets. AYB is much more than a very good video in flash. It´s an intervention inside the society values. It shows that the knowledge - the information society -
belongs to us. Make your time. We are living in a very transformist world. Everything could be a fake.


10. Auto Promoção Sem Vergonha

O Marketing Hacker está inaugurando o site da BeClue MKT – consultoria digital.
Uma empresa de consultoria voltada ao mundo digital... O que faz a Beclue?

Idéias e Conteúdo para Web sites

Cultura Web Empresarial - artigos explanativos e estórias que expressam a web cultura.

Workshops para explicar o dinâmismo da Web, as tendências, e como conversar com seus clientes.

Apresentação para tua empresa sintonizada nas novas tendências para ajudar a posicionar a empresa frente ao público em geral.

Palestra inesquecível de Hernani Dimantas de como a Web está modificando as estruturas impostas pela Revolução Industrial

visite: www.marketinghacker.com.br/beclue/beclue.htm

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Aceitamos sugestões, embora criticas negativas serão prontamente rechaçadas e ironizadas.

Marketing Hacker está sendo assessorada por vários escritórios de Advocacia, e por uma assessoria de imprensa inescrupulosa. Quaisquer infortúnios serão prontamente respondidos judicialmente.
E utilizaremos a midia para dizimar os agressores.

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abril 20, 2001

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Newsletter 010/2001
Abril, 19, 2001
Editor: Hernani Dimantas (mailto:hernani@javali.com.br)
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Índice

1. Parangolé "Uma quase entrevista com Eric Raymond"

2. Mercados são Conversações

3. Vozes da Internet - Debate sobre o Comunidadismo
4. Por Dentro - Everything2
5. Por Fora - Não é para isso que serve a Web
6. Escovando Mercados - Mercados inteligentes irão achar fornecedores que falam sua própria língua.
7. Convidado Hype - Propaganda na berlinda Manoel Fernandes
8. Biblioteca Binária - Open Sources: Voices from the Open Source Revolution

9. Abstract

1. Auto Promoção Sem Vergonha -
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1. Parangolé - "Uma quase entrevista com Eric Raymond"

Meu forte nunca foi fazer entrevistas. Não sou jornalista, e nem tenho este cacoete. Mas na Internet somos todos " publishers", e fui buscar mais informações sobre o movimento open sources com o grande Hacker Eric Raymond.

Preparei algumas questões na tentativa de tirar o máximo de informações do cara que preside a "Open Sources Initiative", o homem que através do seu livro "The Cathedral and the Bazaar" influenciou a Netscape a abrir seus códigos, e criar o Mozilla. Eric Raymond é um personagem incomum. Ele soube aproveitar o momento no qual as empresas começaram a entender a cultura hacker, e foi pragmático ao apresentar as soluções não tradicionais para que a industria de softwares pudesse absorver esta nova forma de desenvolvimento de programas.

Minha preocupação era saber qual seria a posição do Raymond sobre o projeto lei do Deputado Walter Pinheiro. Primeira decepção: Mr. Eric Raymond, infelizmente, não está ao par da situação do open sources no Brasil. Digo infelizmente porque acredito que o Brasil, como outros países em desenvolvimento, apresentam uma vocação inerente para o desenvolvimento dos sistemas de códigos abertos.

Perguntei se ele achava que os softwares abertos poderiam ajudar a diminuir a exclusão social, e qual era a sua experiência na democratização do acesso à rede através da utilização dos softwares livres... Curto e grosso disse: Open sources podem certamente ajudar a reduzir o custo dos sistemas de computadores para acessar a Internet. Acho que ele não tinha muito o que falar da sua experiência. Eu repliquei se esta redução seria devida a diminuição do custo ou pela influência da filosofia do movimento na cultura empresarial. No answer!!

Continuei, questionando se os softwares livres poderiam equalizar a balança de poder das patentes americanas, que resultaria num relacionamento mais justo. Raymond respondeu que não. Pois os códigos dos softwares abertos são protegidos por patentes, e suas leis. Mas seguramente diminuiria o pagamento de royalties.

Tentei entrar numa conversa sobre política, mas Raymond logo cortou dizendo que o movimento open sources não se envolve em política, pois a lei americana não permite tal manifestação.

Então, esqueçamos a política, e voltamos a esta quase entrevista. Acho que o Raymond acordou de mal humor, e esqueceu sua prolixidade usual na cama. Suas respostas, por mais que eu pudesse enrolar não dariam para fazer um texto de meia página.

Fiquei puto!! Mas logo percebi que não tinha que ficar nervoso. Minhas perguntas não eram fantásticas, e tudo que eu queria era um repeteco de idéias. Inconscientemente estava aproveitando da reputação do grande hacker para aumentar a minha própria. E ele me respondeu com um "se vira", e "é tudo que eu tenho a dizer". Seus artigos falam o resto.

Aprendi também que temos que desenvolver as nossas próprias soluções. O sonho Americano é fechado para estrangeiros, e encarcerado para os pobres latinos americanos. Na Internet o sonho é global, mas teremos que conquistar nossos espaços nas pradarias do norte.

Eric Raymond me ensinou muito mais do que poderia aprender com uma entrevista pomposa e cheia de puxa saquismo. Ser hacker é acreditar no teu próprio potencial, e cutucar os mercados com pragmatismo.

Legal. Mas o filho da puta do Eric Raymond poderia ter respondido melhor!!! :-)

Abraço Hacker

Hernani Dimantas

2. Mercados são conversações

A administração tradicional nomeia os mercados de muitas formas. Primeiramente, os mercados eram "Seres". Seres que através de uma mão invisível poderiam equilibrar estes mercados dos devaneios da oferta e procura. Os mercados teriam sentimentos, humores e comportamentos.

Mais tarde apareceu o conceito de Marketing de "Guerra". Onde os mercados são vistos como campos de batalhas. É uma metáfora conceitual, que favorece empreendedores como o monopolista Bill Gates. Para vencer dentro destes mercados temos que lutar contra a concorrência, contra os clientes, e quem mais vier pela frente. Não existe perdão em tempos de guerra. Todos são inimigos, e aos vencedores as batatas!

Pensar que mercados são conversações é uma aproximação mais humanista. É falar do poder das palavras que espalham o conceito do produto. Usamos o Marketing de Relacionamento, mas a maioria das pessoas confunde com exposição aos mercados, e com auto promoção. Ora, quem não conseguir angariar reputação, vai acabar se expondo tanto, e virar figurinha fácil. Os caras que publicam em tudo que é site acabam fazendo do seu conhecimento uma commodity. Nem um maluco vai querer publicar, num futuro próximo, o que esta sendo repetido em dezenas de sites. É hora de recuar. E repensar este esquema.

O Manifesto Cluetrain traz novo enfoque para estas conversações. Temos que explicar o motivo desta afirmação. Tem muita história por trás destas palavras. Estamos falando de uma nova ferramenta que está propiciando o retorno da voz, e que pode ser reverberada indeterminadamente.

1. A interrupção no conhecimento sobre os mercados se deu na Revolução Industrial. A Internet está nos relembrando dos tempos onde a atividade profissional eram os sobrenomes das pessoas (Farmer, Baker, Ferreira, etc). Fomos substituídos por cargos, chefias e hierarquias.

2. Mercados são conversações é uma metáfora mais acurada do que mercados são campo de batalhas, ou mercados são alvos, zonas, seres, ou categorias.

3. Nos confundimos ao dizer que montar um negócio é como construir uma fortaleza. Mas a Internet expõe este forte de dentro para fora. Não tem jeito de ficar escondido. A Internet rompe o muro virtual entre empresas e consumidores. As paredes do forte não existem mais. Foram demolidas.

4. A Revolução Industrial aumentou a distância entre produção e consumo. Os clientes passaram a se chamar consumidores. Isto é quase um insulto. Mas a força estava na outra ponta. A Internet está nos devolvendo o título de clientes, ou melhor, usuários.

5. Na era da informação não produzimos bens. Produzimos conteúdo. Nossa capacidade inerente de criar. Este conteúdo será distribuído através dos Web Sites, e direcionados ao cliente. Assim, funciona o B2B e o B2C. Pare e pense: Você faz negócios para outras pessoas, ou com elas.

6. Aumentando a necessidade de usar a voz humana para se comunicar com outros seres também humanos, deixaremos de lado a voz robotizada das cartas corporativas.

Na Internet existe maior interatividade entre a empresa e o usuário. O consumidor que sempre fôra tratado como massa, passou a participar do mercado. Conversando com as empresas, e com outros usuários. Ele tem informações do mercado. Muitas vezes, ele conhece a empresa melhor do que o próprio dono. Os mercados estão conversando, e é isto que tem que ser percebido. As empresas que souberem trabalhar com este enfoque serão, provavelmente, as vencedoras.



3. Vozes da Internet - Debate sobre o Comunidadismo

Coloquei o artigo Comunidadismo para debate na lista Comunidade Virtual, onde tento ajudar o Carlos Nepomeceno na moderação. O enfoque da lista é debater sobre formas e formulas de comunidades, e achei este debate pertinente para ser dividido com meus valorosos leitores:

PS. dei uma resumida, são os melhores momentos.... eheheh

Wilson Azevedo escreveu:

Eu confesso que pude entender muito pouco... :-(

Hernani, se eu estiver sendo chato, por favor, ignore este pedido, mas dá pra explicar melhor o que você quis dizer neste artigo?

Hernani Dimantas escreveu:

Este artigo esta enfocado para comunidades de negócios.. que deixam de ser comunidades para atender aos interesses de alguns membros......

Eu trabalho sob a ótica do Manifesto Cluetrain..... e catalisada pela diversidade da rede. Estou dizendo qual seriam as outras formas de se trabalhar com uma comunidade que se auto conduz e gerencia. Caso contrario, não estamos falando de comunidades, e sim de grupos, de movimentos, de revistas...

E para os que repetem todas essas mazelas, e assim acreditam que o lucro é o fator mais importante... deixo minhas risadas, e continuo me linkando, e fazendo o meu trabalho... o Marketing Hacker não compactua com esta carnificina mental. Estou fora..


André Mello escreveu:

Li o artigo do Hernani e gostei. É bem-humorado. Acho que ele deve ser lido depois da entrevista do Mário (bem arquitetada :-)). http://www.vento.com.br/business/criar/viabilidade/experts_entrevista_persona.asp

Os dois arquivos, juntos, me fizeram pensar: Temos duas forças (e não apenas dois tipos de pessoas formando comunidades), talvez por isso não se chegue a um denominador comum..... Um modelo de rede é formado por manifestantes, rebeldes e revolucionários (que vêem na rede uma oportunidade de comunicação)... o outro modelo é de empresários, trabalhadores e empreendedores (que usam a rede como uma das suas formas de comunicação).
Me dei conta de que ambos estão sendo "alternativos" aos reacionários, que não vêem a rede....


Hernani Dimantas escreveu:

Adorei os teus comentários. No entanto, não vejo que de um lado estão os rebeldes, e do outro os businessmen. Eu estou no mundo dos negócios há muito tempo para ser rotulado apenas como rebelde. Tenho desenvolvido meus trabalhos sob o ponto de vista hacker, antes mesmo de conhecer toda esta parafernália. Os objetivos são diferentes. Prefiro a reputação ao lucro fácil, assim, a remuneração se torna fruto do trabalho (e não o contrário).

Sérgio Buaiz escreveu:

Acho que essa dualidade realmente existe, apesar de termos alguns raros, que conseguem casar o business com a "rebeldia" saudável das redes, que eu traduzo simplesmente como paixão, vontade de aprender, ensinar e trocar... enfim, fazer a coisa certa.....

O artigo do Hernani é muito apaixonado pela chamada "causa hacker", e por isso soa estranho para quem não o conhece, ou não está preparado para ver o mundo de negócios sob um novo ângulo. Acho que será bombardeado de críticas, mas isso não é necessariamente ruim. Será um bom termômetro!

Acho que essa dualidade explica muito bem os motivos de tantos empresários e investidores tradicionais estarem se ferrando na Internet, pois o foco no dinheiro é rapidamente desmascarado em um ambiente de rede e "conversações".

As pessoas já se cansaram de ser usadas e agora exigem uma via de mão dupla......

Nas conversações, as mentiras não sobrevivem muito tempo. O dinheiro pelo dinheiro sempre foi oportunismo, mas as pessoas nunca tiveram meios de perceber e se avisar sobre isso.

As empresas que vão permanecer são aquelas que fazem as coisas com transparência, sinceridade e sobretudo paixão. Ideais são tudo na nova economia. ......

Uma empresa sem cara não tem direito de errar. Um ser humano sincero pode vir a público pedir desculpas... qualquer erro empresarial terá que ser absorvido por um humano pára-raios, que deverá ser muito ágil em solucionar qualquer impasse, da melhor forma possível, sob o ponto de vista da população.

O mercado está virando do avesso e poucos perceberam!

Não é apenas a tecnologia que está "acontecendo" nos dias de hoje. Como sempre prego em meus artigos, a maior mudança da atualidade é social... e essa mudança interfere em tudo. É basicamente o networking, que o Hernani prefere chamar de "conversações".

Isso é poderoso demais!

Quando a população entender isso, e fizer valer seus direitos de expressão... hummm...

Somente entendendo o poder dos relacionamentos é possível entender o novo mercado...

Hernani Dimantas escreveu:

A idéia do Marketing Hacker não é isolada. Sempre disse que é um
conceito, um movimento. E sozinho não vou a lugar algum. Só será
válido quando estiver difundido, e avançarmos para dentro das grandes corporações. Esta é a tendência.


4. Por Dentro - Everything2 - http://www.everything2.com

E2 pode ser um site... muito... muito confuso... mas só na primeira impressão. Este website tem origem numa simples enciclopédia escrita pelos seus usuários (veja E1), e cresceu para uma complexa comunidade online. Com foco nos textos, publicações

março 30, 2001

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1.Parangolé
2.Comunidadismo
3.Vozes da Internet - Telefónica
4.Por Dentro - Fórum Internacional do Software Livre
5.Por Fora - Conar
6.Escovando Mercados - Não somos números
7.Convidado Hype - Entrevista com Pekka Himanen
8.Biblioteca Binária - Peer to Peer- Harnessing the Power
of Disruptive Technologies
9.Abstract - in english
10.Auto Promoção Sem Vergonha
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1.Parangolé

Muita coisa foi dita sobre os Softwares Livres. A tradução
de *free* ainda esta criando dúvidas nas cabeças
pensantes. Livre não é grátis... não necessariamente.
Troquei muitos emails com meu amigo Guther que insiste na
tese que livre e grátis são definições similares, e
convergem na mesma direção. Verdade... mas não absoluta.

É claro que se um software é livre para copiar, modificar,
distribuir, modificar outra vez, e continuamente
redistribuído, podemos considerar que a tendência é ser
gratuito. Mas isto não importa... não tem relevância.

Pense num livro. Ou até nos artigos que escrevemos e
disponibilizamos na Internet. São livres... esta e-zine é
livre, mas para dar continuidade a este trabalho tenho que
estar sendo remunerado de uma forma ou de outra. Depende
da reputação do escritor.

Temos que pensar que a maneira de fazer negócios está
mudando, e as pessoas envolvidas também estão entrando na
onda. A Amazon lançou um serviço chamado de Honor System.
É só clicar desde o site preferido, e entramos no Honor
System Site. Lá podemos doar uma quantidade qualquer para
o autor do nosso site preferido. No EGR, do Christopher
Locke, podemos encontrar este sistema. Não é errado doar
alguns dólares para um cara que tem feito um trabalho mais
do que interessante. O conhecimento tem que ser livre, mas
pode ser remunerado. No entanto, não pense nos negócios da
maneira que eles são feitos hoje. Pense no futuro, pois
teremos que criar soluções particulares.

Muita gente vai se valer do conhecimento de forma
gratuita, ora copiando os softwares livres, ou fazendo uma
cópia de um ebooks emprestado de um amigo, ou mesmo
entrando em sites repletos de conhecimento, e tirar
proveito na faixa. É um problema de consciência... e a
Internet expõe sobremaneira as nossas próprias mazelas.
Não dá para sobreviver no longo prazo repetindo atitudes
egoístas...

De qualquer forma, estarei informando a minha conta
bancária para doações... eheheheh ... (quem tiver urgência
em depositar é só mandar um email para
hernani@javali.com.br... que darei TODAS as instruções
necessárias)

E viva o conhecimento livre

Abraço Hacker,

Hernani Dimantas


2.Comunidadismo

"Eu só quero ser feliz, e andar sem violência na favela em
que eu nasci"
Gabriel Pensador

Eu também quero ser feliz na comunidade que nasci. Não foi
um parto à fórceps. Pude escolher aonde conectar o meu
burro. Sombra e água fresca. Comunidade de negócios.
Bonito. Debates abertos sobre como colocar a tua
criatividade, teus conhecimentos e experiência em prol de
um grupo que tem alguns interesses comuns.

Comunidade. Repetição do mundo real, mas num ambiente
controlado e criado pelo homem, feito a sua imagem... seu
espelho. Criamos um novo bom senso coletivo para lidar com
situações mais adversas, e deixamos correr solta a volúpia
do ser humano.

Uma comunidade é formada por gente. Seres humanos com os
mesmos deveres e direitos, mas com participações
diferentes. Uns pertencem à comunidade para ouvir,
aprender, ou apenas para se valer das informações geradas.
Outros, participam conversando, ensinando numa dinâmica
atemporal. Poucos preferem exibir seus dotes, e colocar na
mesa suas opiniões, seus dilemas e suas idéias ou ir mais
fundo escrevendo artigos e opinando para o desenvolvimento
desta comunidade.

Este é um conceito diferente de como fazer a sua
comunidade, ou seus consumidores, participarem da condução
e gerenciamento do teu site. Sempre acreditamos nesta
possibilidade, e temos experimentos reais. But time is
money, e dinheiro não corrobora com o ideal de comunidade
digital. Sob pressão financeira abrimos o bico para
favorecer uns em detrimento de outros. Esta é a verdadeira
virtualidade?.

Fico indignado: a comunidade deixa de ter a função de
comunidade, e seus líderes passam a desempenhar um papel
quase tirânico, comandando com mão de ferro quem será
privilegiado, e quem será desprezado. Com um discurso
frívolo e monolítico. Se a comunidade está concentrada em
conversações, onde está a coerência dessa pregação
revolucionária? Qual o nome deste cárcere de idéias?

Ahhhh... uma risada ao fundo. Risos abafados pelo silêncio
profano. Cheiro de éter e formol. A morte virtual ronda
pela comunidade. Quem cala consente. E quem fala apoia.
Gritamos pela liberdade. Embora muitos preferem deitar a
cabeça no travesseiro e se calar, mas nós preferimos ser
verdadeiros, transparentes e felizes.

Estamos falando de tendências. A esquizofrenia é uma
realidade digital. Estamos falando de tendências. A
esquizofrenia é uma realidade digital. Por trás da
desilusão cultural, não vemos o mundo, e sim uma
representação metafísica do que pensamos ser o mundo.
Esqueçam os negócios. Esqueçam o dinheiro. E pensem na
tuas vidas infelizes. A trajetória abafada pelo medo da
verdade. O silencio não me toca a alma. Posso tocar no
fundo do teu coração com palavras fúteis. Fazer você
acreditar que estou interessado pelo potencial do teu
Business Plan. Mas não estou... Não penso só em negócios.
Penso na minha vida, nos meus livros.. meus filhos, minha
estória. Acredito numa humanidade melhor, no ócio
regenerativo para todos, na democracia, na anarquia, em
final de jogo na porta do estádio.

Estou falando sério.... não é uma loucura psicossomática..
São idéias de final de verão, virando mais uma página
montada com carinho e amor. Estamos trabalhando para criar
um novo mundo. Uma Internet falada em neoportuguês. Som de
atabaques... batuques de axé.. e a segurança nunca
presente nos bailes funks. Mas tudo isto se torna
irrelevante, se a busca coletiva... a unidade comunitária
preferir espelhar mazelas da sociedade tradicional.

Na Internet podemos conversar, falar com um número de
pessoas que jamais sonhamos. Esta é a grande promessa da
era digital. E com todo este inter relacionamento estamos
vivendo em comunidades muito diferentes do que estávamos
acostumados. Tudo é muito novo para supor o que vai
acontecer. Mas podemos prestar atenção na maneira que já
fomos absorvidos pela digitalidade social. Não pense
muito, aja... duas vezes... antes de perceber que o mundo
rodopia, a lusitana roda, e muita gente está parada
esperando a mudança passar.

É por isso que sou Hacker... Marketing Hacker. Vejo os
mercados aflorarem... conversando e rindo. Ahhh,
ehhhehe... uma risada ao fundo. Aumente o som. Power no
amplificador mental. Estamos rindo da cara dos incautos,
dos perdidos, dos solitários corações, que pensam que
dominam o sistema... que conhecem tudo. "Deuses, todos
deuses". Estamos rindo da tua empresa tentando vender
salgadinhos pela rede, dos teus portais clonados, da
contra tendência que supera o silêncio. E vamos continuar
a fazer o nosso trabalho.

Estamos conectados, nos linkando, abrindo a nossa boca, e
crescendo. Todos estão de saco cheio destas tolices sempre
iguais..... deste mundinho restrito de certos negócios....

Estamos fora!!!



3.Vozes da Internet - Telefónica

Para não dizer que não falei das flores... meu amigo Luiz
Cirne enviou esta estorinha... dá para aguentar esse tipo
de desserviço? Não dá não... eheheh

Meu caro Hernani

Sobre a Telefônica vou contar a você uma história.
Verdadeira, não duvide!
Residia em Ibiúna,.......De Ibiúna para Sampa, percorria
um trecho de aproximadamente 30 km pela rodovia SP-250,
Rodovia Bungiro Nakao.....Numa dessas manhãs para Sampa,
fiz todo o trajeto de ônibus. Sai de Ibiúna e desci na
altura do km. 54 da SP-250 para pegar outro ônibus .....,
lembrei-me de algo muito importante e decidi telefonar
para minha esposa em Ibiúna.

À margem da rodovia existe um telefone público (orelhão).
......celular a cartão. Um modelo bem adequado para
instalação ao longo das rodovias........ Meu cartão
telefônico estava com 0 (zero) créditos. ... Liguei a
cobrar diretamente para minha casa. Inúmeras vezes tentei
sem êxito. Todas as vezes uma mensagem eletrônica dizendo
que o telefone para qual estava ligando a cobrar não
existia.
Começava aí o surrealismo da situação. Tinha telefone em
casa e ele, de repente, deixou de existir. (O telefone em
casa era um telefone Celular Rural Fixo....
Resolvi não insistir e busquei auxílio à
Telefónica,.....pedir uma ligação a cobrar com o auxílio
da telefonista. Liguei. Uma voz masculina do outro lado
atendeu. Solicitei que fosse completada uma ligação a
cobrar para meu telefone....Essa voz disse: É impossível
pois o senhor esta fazendo uma ligação a partir de um
telefone celular.
Nesse momento, sai debaixo do orelhão, olhei para um lado
e para outro, e respondi: Sim, de um telefone público
celular a cartão.......... E acima disso está escrito:
Telefónica em azul e o orelhão já é da cor amarelo-limão.
Meu amigo -- continuei -- estou falando de um orelhão da
Telefónica e o aparelho telefônico é celular. É um produto
da Telefónica!! E estou à beira da rodovia...
A voz do outro lado: --- Telefone público celular a cartão
?!?
Continuei: --- É! Como pode você não conhecer se é um
produto que a empresa onde trabalha instala para eu
usar... A mesma voz:
--- Esta bem, está bem. Para qual telefone o senhor quer
ligar?
Respondi: --- DDD 015, 9979-9669! --- Ah, moço... não é
possível. Não podemos completar ligação a cobrar para
celulares pré-pagos! Agora não vai dar mesmo... ---
Pré-pago! Meu telefone é um celular rural fixo! E quem
cuida disso é a Telefónica. É produto dela. É a conta da
Telefónica que chega em casa me cobrando pelo uso. Você
também não conhece...?
--- Bi, bi, bi,...
Bateu o telefone na minha cara, fiquei à beira da rodovia
vendido, desamparado, e com toda a razão do mundo, etc,
etc, etc.....


4.Por Dentro - Fórum Internacional do Software Livre

www.softwarelivre.com.br

Aconteceu em Brasília nos dias 19, 20, 21 de março o Fórum
Internacional Software Livre, que teve como objetivo:

Disseminar em Brasília, principalmente entre os deputados,
senadores e dirigentes de empresas públicas de
informática, os conceitos sobre software livre e as
questões que estão intrinsecamente ligadas ao tema, tais
como: patentes de software, oferta de emprego, tecnologia
nacional e sua utilização pelo Estado brasileiro. Desta
forma, irá propiciar elementos para que a sociedade possa
aprofundar o debate sobre a conveniência do uso de
software livre nos órgãos públicos para o país e
manifeste-se ao Parlamento brasileiro no sentido de
aprovar uma legislação que privilegie o seu uso.

Entre os participantes internacionais do Fórum: Richard
Stallman, presidente da Free Software Foundation e
pioneiro do Movimento Software Livre, senadores franceses
e representantes do Governo Francês, representantes do
Governo Alemão e representantes do governo da China, além
de expositores que debaterão o tema de maneira que
propiciem elementos para aprofundamento do debate sobre a
conveniência do uso do software livre nos órgãos públicos
no Brasil, estimulando o debate no nível nacional, para
que o país, através de seus poderes constituídos, junto
com a sociedade, possa decidir sobre o assunto.

Entre as decisões constam: a formação de um consórcio de
empresas e órgãos públicos para tratarem do tema
tecnologia e software livre. A orientação de que cada
empresa, órgão, prefeitura e estados, tenham um(a)
assessor(a) para encaminhar as questões ligadas ao sofware
livre. Um novo encontro será feito em Porto Alegre durante
o evento de maio e em Julho deve ocorrer um novo encontro
no Estado de São Paulo.

Uauhh....... Este debate é muito importante do ponto de
vista estratégico, pois a utilização de Softwares livres
trazem além da liberdade no desenvolvimento tecnológico, o
barateamento dos sistemas informáticos. Esta economia
poderá ser aproveitada em outros setores carentes.... Meu
apoio é irrestrito :)

Leia o artigo: GNU, Linux e outras tendências
de Roberto Cury Jr. e Hernani Dimantas
http://www.nova-e.inf.br/marketinghacker/gnu.htm



5.Por Fora- Conar

Qual é o órgão que tem a função de cuidar e implementar a
ética na propaganda? Este órgão deveria ser o Conar. Mas
não é bem assim!! Fiz uma reclamação que foi parte da
última edição do Marketing Hacker... eis as respostas:

Prezado Senhor.

Em reposta à mensagem enviada, com a queixa de que a
Telefónica não cumpre o que promete no anúncio do Produto
Speedy, cumpre informar que a representação nº 129/00,
cujo objeto abrange a apuração de queixas na mesma linha
da sua, foi submetida a apreciação do Conselho de Ética do
Conar, que entendeu que o material em questão não é
enganoso.

Atenciosamente

Juliana N. Albuquerque
Auxiliar Jurídico

Ok... Legal.. alguém foi mais rápido do que o Marketing
Hacker. Quem será que participou do Conselho de ética do
Conar para julgar este caso como não enganoso. Pedi,
então, detalhes do processo...
Dra Juliana Albuquerque

Isto é ridículo. Esta é a ética do Conar. Uma empresa age
de uma forma inescrupulosa, e isto não é enganoso. Sob
qual ponto de vista.. eu mereço uma resposta digna desta
organização, e não apenas um não. Gostaria de ter acesso
ao processo em questão!!!
atenciosamente
...................................................

BTW, a representação 129/00 não tem nada a ver com o
Speedy... trata-se da representação sobre Lactopurga,
tomou funcionou..... é brincadeira.....

..... e recebi...

O conhecimento de peças processuais em tribunal ético é
privativo das partes litigantes. Encaminho, via postal,
número de Boletim do CONAR, cuja retranca "Apresentação
verdadeira" reproduz duas decisões a respeito de queixas
contra anúncios de serviços de internet

Edney G. Narchi
Diretor Executivo

...........................................

Pelo que foi informado, o meu caso não esta indo a
julgamento porque a telefónica já foi julgada inocente
pela mesma propaganda que eu considero enganosa. Eu fiz
uma queixa, e gostaria que o CONAR me tratasse como parte
litigante deste processo, então, se foi julgado
anteriormente, é obrigação do CONAR mostrar estas peças
processuais, senão, a ética os faria abrir outro processo.

Favor enviar os boletins referentes ao processo contra a
Telefónica

............ Ainda estou aguardando pelos defensores da
ética tomarem juízo na cara, e começarem a atender melhor
os consumidores. Que adianta termos um órgão "vendido", e
incapaz de julgar o que é, ou não é,
ético.................

6.Escovando os Mercados - Não somos números

A estratégia do Marketing tradicional esquece as pessoas,
e enfoca os setores demográficos e sociais. Somos um
número, um perfil de cliente potencial para diversos
produtos. As empresas ainda não cansaram de recolher dados
para tentar provocar algumas vendas.

Mas nós estamos cansados. O consumismo exacerbado leva a
uma massificaçao dos relacionamentos, e estamos
vivenciando este sentimento por muitas décadas.

Agora chegou a nossa vez. Na Internet o jogo muda de
sentido, quem antes ganhava, esta perdendo... e o
consumidor que sempre fora escorraçado pelos dados nada
aleatórios do mundo dos negócios percebeu que havia
reconquistado seu poder.

Desta forma, os mercados estão conversando, e as pessoas
retomaram a idéia original. Somos seres humanos... não
somos números, e não estamos arrebanhados em setores
demográficos. Vivemos num mundo pluralista, globalizado, e
vamos aproveitar esta nova equação.

7.Convidado Hype

Robin Hood no hiperespaço
Sheila Grecco
entrevista com o filósofo finlandês Pekka Himanen, autor
do livro "The Hacker Ethic. And The Spirit of The
Information Age", "The Hacker Ethic. And The Spirit of The
Information Age"que fala sobre a formação, a ética e os
valores dos Hackers. Confira :-)

http://www.nova-e.inf.br/pensadores/pekkahimanen.html


8.Biblioteca Binária

Peer-to-Peer
Harnessing the Power of Disruptive Technologies
Edited by Andy Oram
March 2001
448 pages, $29.95

Freenet - um dos três grandes do P2P (os outros dois são o
Napster e o Gnutella) - foi escrito com a filosofia anti
censura. Onde ninguém sabe aonde um pedaço de informação
existe. Nem mesmo os donos dos nódulos sabem qual o
conteúdo existente nos seus próprios computadores. Freenet
é muito mais do que um sistema que privilegia o anonimato.
Ian Clarke criou as sementes de uma Internet muito mais
radical... :-)

Sample Chapters
http://www.oreilly.com/catalog/peertopeer/chapter/index.html

O'Reilly P2P Conference
http://conferences.oreilly.com/p2p/


9.ABSTRACT

1.Parangolé - What does "free" mean? The FSF uses to say
free speach/ free beer. But is the knowledge free? Or you
must pay for that. How could the knowledge providers earn
money instead of only reputation? Its time to rethink the
business models, and relax for the future... we should
create new perspectives... is the Amazon?s Honor Sytem a
kind of solution?

2.Comunidadismo - The word community earned an "ism" . We
talk about the community reliability into the business
enviroment. Is it possible to carry on a community in a
fairy way? But the leadesrs must absorv the new commun
sense....

3.Vozes da Internet - Internet Voices - My friend Cirne is
a very good story teller. He tells us how the Telefónica
has kicked his ass in the middle of the road... literally
talking

4.Por Dentro - Inside - The Free Software International
Fórum that happened last week in Brasilia. The debate is
the Law Project that oblige preferencely to using free
software in the public administration. I do support it....

5.Por Fora - Outside - The CONAR , the ethics in
advertisement organization, is trying to answer my inquire
about the Speedy faking ad. But they have difficulties to
explain why they don?t manage to open a new process. Maybe
they have got other interest.....

6.Escovando os Mercados - Are the markets demografic
sectors? No the markets consist os human beings.. living,
talking and dealing... Pay attention!!!

7.Convidado Hype - Interview with Pekka Himanen, by Sheila
Grecco... about his book "The Hacker Ethic. And The Spirit
of The Information Age"

8.Livraria Binaria - Binary bookstore
Peer-to-Peer
Harnessing the Power of Disruptive Technologies
Edited by Andy Oram
March 2001
448 pages, $29.95

Sample Chapters
http://www.oreilly.com/catalog/peertopeer/chapter/index.html

O'Reilly P2P Conference
http://conferences.oreilly.com/p2p/


10.Auto Promoção Sem Vergonha

The way I feed the family!!! - O Marketing Hacker continua
disponível para consultoria para um número limitado de
clientes. Vamos lá... pessoal.. ajude um Hacker a sair da
marginalidade cibernética.... :-)
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Fale, minta, implore aos seus amigos para assinar esta
newsletter. Diga que é fantástica, please... Não esqueça
do meu email (mailto:hernani@javali.com.br)

Aceitamos sugestões, embora criticas negativas serão
prontamente rechaçadas e ironizadas.

Marketing Hacker está sendo assessorada por vários
escritórios de Advocacia, e quaisquer infortúnios serão
prontamente respondidos judicialmente.

+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
MARKETING HACKER - uma e-zine e-revolucionária
http://www.marketinghacker.blogspot.com
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Para assinar:
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Para cancelar:
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março 16, 2001

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MARKETING HACKER
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++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
uma e-zine e-revolucionária

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Newsletter 008/2001
Março, 15, 2001
Editor: Hernani Dimantas (mailto:hernani@javali.com.br)
Para assinar:
mailto:marketinghacker-subscribe@topica.com
Para cancelar:
mailto:marketinghacker-unsubscribe@topica.com
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Índice

1.Parangolé
2.Conexão Biônica
3.Vozes da Internet -Speedy Again
4.Por Dentro - Cardoso On Line
5.Por Fora - Speedy Again
6.Escovando Mercados
7.Convidado Hype - Só as Mães são Felizes
8.Biblioteca Binária - The Magic Cauldron
9.Auto Promoção Sem Vergonha
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

Devido ao grande número de assinantes internacionais, o Marketing Hacker inaugura a seção de ABSTRACT

ABSTRACT

1.Parangolé means conversation. I use to talk about facts relative to Internet business. This issue makes reference to the broadband Telefonica?s Speedy service and advertisetment. They are supplying us a very bad service, instalation scheduling gap, and no ethics ad.
2.Conexão Biônica - Bionic Conexion - It is all about the Internet impact on the business enviroment, the adaptation to technology, and how the civil society might organise itself.
3.Vozes da Internet - Internet Voices - Luís Carlos Nepomuceno has measured the reply time from some services offered by the Web
4.Por Dentro - Inside - I introduce the Cardoso On Line - a very messy, rude and rough fanzine written by the Porto Alegre?s crazy students . Very good human talking... and, I believe, an well successed business.
5.Por Fora - Outside - We are treating the speedy again. I have denunced the Telefonica to CONAR - The ethics in advertisement organization, and their bloody response.
6.Escovando os Mercados - Brushing the Markets - it?s an allusion to brushing the chips (or better scratching a developer's personal itch), an hacker way to deal with the programming difficulties. In this issue we show the one man (Longhini) given vent to the lack of interest to his site from the list group, or when tough confession becomes personnal marketing.
7.Convidado Hype - An article from an articulist who shares some of the Marketing Hacker philosophy.
8.Livraria Binaria - Binary bookstore - a reference about a book, ebook, or an important article. In this issue we offer the Magic Cauldron, from Eric Raymond (chapter 5 of The Cathedral and the Bazaar, Oreilly books)
9.Ashamed self promotion - the real bullshit - hahahah



1.Parangolé


Alguém esta na fila aguardando a instalação do speedy. Eu estou!. Infelizmente as empresas continuam nos tratando como alunos do jardim da infância. São uns inescrupulosos.

Primeiramente, a propaganda é enganosa. Avise o Conar !!! Eles prometeram aos cadastrados em dezembro um período até março de gratuidade. Eu continuo esperando a instalação. Cadê a responsabilidade.

Na verdade, eu me cadastrei em Julho de 2000. É lógico que meu cadastro sumiu. Os atendentes nem querem saber. Dizem que a central, embora esteja devidamente preparada, apresenta uma indisponibilidade temporária. Mas será que desde julho não houve nenhuma instalação? Ou será que me passaram a perna? E muita gente correu para o início da fila.

Assim, a Telefónica espera conseguir dar credibilidade a sua empresa. Com um tremendo descaso aos usuários e contribuintes. Imagine quanto eu pago de telefone... Eu fico conectado mais que 6 horas por dia!!!

O que me irrita é o descaso dos atendentes. Você só tem um número para ligar, e um atendente de cabeça de geleca que responde tudo que o seu programinha de CRM coloca na telinha. Sabe quem eu sou... Tem meus dados, mas esta cumprindo um papel de burocrata de Estatal. Quero falar com o supervisor, gerente, diretor... quero falar com seus advogados, e avisar que os usuários descontentes poderiam mover um processo.

Nada... estão todos escondidos atrás do firewall corporativo, e pensando que aquele idiota que esta esperando na linha (pois é isto que estou fazendo enquanto escrevo este texto) não vale nada. A menina Carla Fabiana deve estar lixando suas unhas compridas, e balançando os cabelos para chamar a atenção de algum colega, pois trabalhar não é com ela. E a supervisora Márcia Souto, pela qual aguardo por mais de 50 minutos, deve ter colocado o telefone na espera enquanto finge resolver problemas insolúveis. Tenham dó.. e vão todos a m&#da!!!

E parece uma sina. Justamente comigo que reclamo, e que acredito que a tendência de marketing corre para outro lado. Queremos transparência e participação. Será que não tem mais ninguém para responder minhas perguntas? Será que tenho que ameaçar invadir os sistemas da Telefónica? Chamar meus colegas crackers para um ataque suicida contra a Telefónica metropolitana.. hahaha.. Até que eles merecem. Fora do ar, you bastards!

Parece que as minhas reclamações vão ter que ir além desta chamada telefônica. Ninguém atende. Uma musica de fundo toca. Minha conta aumenta. Sou eu quem pago para ser escorraçado pela ineficiência. Cadê a Anatel, a Abranet... e meus amigos usuários.

Muita gente tem sentido esta mesma aporrinhação. E muita gente gostaria de dar um troco nestes insensíveis executivos. A Internet facilita a nossa vingança. Sempre poderemos nos unir, e criar uma armada contra imbecis. Usuários uni- vos, pois a nossa voz está de volta.

Estou na espera... musiquinha tocando.. vou ligar outra vez!!

PS. O atendente Tiago Calixto desligou o telefone na minha cara... só porque chamei o guri de mentiroso... Aliás, a empresa é quem é mentirosa.


2.Conexão Biônica

A Internet aconteceu. Ninguém esperava uma mudança tão significativa. É surpreendente a dificuldade que temos para lidar com estas mudanças. Ficamos perplexos face a uma nova realidade.

No entanto, a diferença causa curiosidade. O ser humano tem índole de explorador. Enfrenta o desconhecido. E sai em busca de uma adaptação. Muitas vezes dolorosa. Outras, apenas uma sutil apara de arestas.

A vida demanda mudanças. Queremos conforto. Carros mais equipados, telefones celulares, e computadores capazes de conexão com todo o conhecimento da humanidade.

Isto não é pouco. Pelo contrário, é a amplificação do nosso cérebro biológico para uma concepção biônica. A Internet facilita a transferência do conhecimento, e faz do homem um ser mais adaptável ao futuro.

As novas tecnologias estão atingindo os mercados a uma velocidade fabulosa. Na verdade, a diferença entre evolução e revolução é uma pura questão de ponto de vista. Mas a aceleração vertiginosa de todo este processo evolutivo faz nos sentir no meio de uma revolução. O mais enervante é que esta revolução esta totalmente sem direção. Ninguém sabe o que vai acontecer. Analisamos tendências, mercados e idéias, mas estamos todos metaforicamente perdidos. O desenvolvimento da indústria de computadores e da comunicação tem surpreendido até os empresários envolvidos nestes negócios.

Somos co- participantes desta parafernália digital, usuários destas extravagâncias, e temos que assumir que o desconhecimento tecnológico não nos exclue deste mundo. Muito pelo contrário, nós, usuários, somos a chave deste processo. Sem medo, podemos repercutir o conhecimento.

Quanto mais dependemos do computador para facilitar o nosso cotidiano, mais nos envolvemos com os programinhas. Podemos passar horas trabalhando, e procurando desvendar os segredos desta máquina.

Não se trata de amor a primeira vista. É a necessidade. Temos que acompanhar os compassos da nova dança. E quem não tiver boa vontade, vai ficar de fora. A Internet chegou para ficar. Está abrindo novas fronteiras que estamos sendo obrigados a explorar.

Nosso mundo esta mudando. Ou já mudou. A verdade é que estamos sendo testados pela nova economia. Será que vamos sobreviver as artimanhas tecnológicas neste milênio? Provavelmente, mas temos que tomar alguns cuidados para não deixar prevalecer os interesses dos poderosos em detrimento do indivíduo.

Privacidade é fundamental. Tão importante que vem sendo considerada um dos maiores debates da era virtual. Temos dados pouca atenção a este tema. Talvez pela desorganização social, ou pelo desinteresse na abordagem de assuntos polêmicos. A armadilha tecnológica aproveita o desconhecimento para ocupar os espaços livres. Isto não deve acontecer, mas para contrariar estes abusos, temos que assumir a auto defesa. A sociedade civil tem que mostrar a sua força.

Esta é a tendência. Mas não vamos nos animar demais. Ninguém vai trabalhar em prol da sociedade, a não ser ela mesma. A sociedade civil pode cobrar posições políticas, defender os interesses dos usuários, e soltar as amarras que nos prendeu a uma sociedade organizada de cima para baixo. Podemos exigir o contrário. Na Internet, o ser humano tem a chance de desmontar hierarquias. Temos que aproveitar as oportunidades desta nova era para alcançar a plenitude. As ferramentas estão nas mãos. Só falta saber usar.



3.Vozes da Internet

O irmão do Nepomuceno, que também é Nepomuceno (Luiz Carlos), mora na França, e encaminhou ao Marketing Hacker este maravilhosa enquete sobre "Respostas a Consultas na Web"

La vai:

"Na semana passada , enviei consultas a Telemar sobre a venda do meu telefone em Vitoria , a Receita Federal para saber se deveria declarar em 2001 e a Varig sobre a alteração do meu endereço . O resultado da enquete foi :

a. A Telemar , que no seu site diz que responde em 05 dias até agora nada e isto foi a mais de 10 dias !

b. A Receita , não estipula data e por isto não esta atrasada por não
ter respondido ainda (também mais de 10 dias)!

c. Na Varig , a resposta veio a jato em questão de minutos !

Este assunto daria um ótimo bate papo : Porque as empresas colocam serviços na Internet que não são capazes de executá-los?"


Valeu Luís Carlos... isto prova que o serviço de atendimento aos clientes está totalmente desvinculado do Marketing. Imagine se o departamento de marketing tivesse uma relação mais efetiva com seus clientes, e pudessem deixar a arrogância de lado, e simplesmente ouvir o que nós consumidores temos para dizer. Muitas soluções apareceriam num passe de mágica....


4.Por Dentro- Cardoso On Line


Muita besteira desfila por 70 kb de papel digital. Esta é a força do Cardoso On Line http://www.cardosonline.com.br - A e- zine de uns moleques que está criando uma história neste mar de lama. Eles estão mostrando a força da Internet.

André Czarnobai, Guilherme Caon, Clarah Averbuck, Daniel Galera, Hermano Freitas, Daniel Pellizzari, Guilherme Pilla, Marcelo Träsel são o staff principal. Eles tem opinião. Falam de sexo, drogas e Rock and Roll. Enrolam as palavras com genialidade gutural. As vezes são prolixos, outras vezes ingenuamente preconceituosos e babacas, e outras vezes desfilam um humor Casseta & Planeta digital. Eles tem futuro. Ainda vão dar o que falar.

Buscamos um novo conceito de e-business. Uma lojinha virtual. Mais um projeto de um portal. Mas podemos perceber através da experiência do Cardoso On Line é que negócios podem ser feitos com criatividade. Os mercados são conversações, e quem domina a palavra com opinião entra pelo atalho. O COL é a novidade. Mas além de toda a brincadeira, eles fazem business. E business que está dando certo.



5.Por Fora- Speedy Again

Enviei um email para o CONAR reclamando da propaganda enganosa da Telefónica. Acredito que muitos usuários estão de saco cheio dos mal tratos desta empresa. Quem quiser reclamar envie um email para conar@conar.org.br. Pelo menos receberão um email igualzinho a este....

Subject: Re: Reclamações
Date: Mon, 12 Mar 2001 08:31:09 \0300
From: "Conar" To:
O Conar agradece o seu contato. Suas considerações/ sugestões/ dúvidas serão analisadas por nossa equipe. Caso sua reclamação motive a abertura de um processo ético a respeito de anúncio/ campanha, V.Sa. será oportunamente comunicado(a) da decisão.

Conar
Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária.

"Ética na prática". Visite nosso site www.conar.org.br


Oppps, recebi uma outra resposta

Subject: Re: Reclamações
Date: Mon, 12 Mar 2001 17:18:30 \0300
From: "Conar" To: References: 1 , 2

Prezado Senhor.

Em reposta à mensagem enviada, com a queixa de que a Telefónica não cumpre o que promete no anúncio do Produto Speedy, cumpre informar que a representação nº 129/00, cujo objeto abrange a apuração de queixas na mesma linha da sua, foi submetida a apreciação do Conselho de Ética do Conar, que entendeu que o material em questão não é enganoso.

Atenciosamente

Juliana N. Albuquerque
Auxiliar Jurídico

Será que eu estou ficando louco? Ou será que este pessoal tem um conceito diferente de ética na Propaganda (como se isto fosse possível)?... Eu gostaria de receber o processo (já solicitado), e ver quem assina pelo Conselho de Ética do Conar. Vou aguardar... hahaha


6.Escovando os Mercados


Meu colega Longhini http://www.sorria.com.br fez um desabafo indignado na lista widebiz http://www.widebiz.com.br - escreveu:

Mas percebi que esta lista é classista e não dará chance a alguém que pôr uma brincadeira fez uma página na Internet e hoje está entre os dez mais.

Porque será????

Qual seria o motivo de tentar parcerias nesta lista e nunca ter
conseguido???

MH - Estas coisas acontecem Longhini, mas neste desabafo você liberou tua adrenalina virtual, e com a tua própria voz mostrou o teu trabalho (não precisava se estressar tanto!!!), e fez este furor virar marketing.

Longhini respondeu para a lista após vários emails de apoio, desculpas... e disse:

Hernani você é o que teve mais razão de todos ... o desabafo é o melhor Marketing... Só agora percebo (19 email's).

É isso aí... pode sorrir... Longhini... mas pare com esta estória de ser complacente com SPAM.. ou senão vou acabar com teu sorriso... hehehe



7.Convidado Hype

"Só as mães são felizes"
Gislene Bosnich
Por que os homens são estes seres que conhecemos? Por que nos foi imposto que temos na figura deles um inimigo perpétuo ? Por que bundas fazem mais sucesso que a inteligência ? Por que não podemos ser inteligentes e gostosas?
http://www.nova-e.inf.br/mulherescom.htm

8.Biblioteca Binária

Magic Cauldron
Eric Raymond
http://www.oreilly.com/catalog/cathbaz/chapter/ch05.html

Na mitologia do Pais de Gales, a Deusa Ceridwen tinha um grande caldeirão que através da mágica poderia produzir alimentos nutritivos-- quando comandado pelo feitiço conhecido apenas pela Deusa. Na ciência moderna, Buckminster Fuller trouxe o conceito da "efemeralização". A tecnologia tornou- se mais eficaz e mais barata, e os recursos físicos investidos nos projetos são substituídos por mais e mais informação. Arthur C. Clarke conectou as duas idéias. Observando " que toda a tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica ".

Para muitas pessoas o sucesso da comunidade open source (comunidade dos códigos livres) parece uma forma implausível de mágica. Software de alta qualidade, livre, que é bom enquanto durar!!, mas difícil de se sustentar num mundo real competitivo e de recursos escassos... Qual é o negócio? Seria o calderão da Ceridwen um truque de mágica? Ou, como o efemeralização trabalharia neste contexto -- Qual é o encanto das palavras da Deusa? É indistinguível da mágica....

9.Auto Promoção Sem Vergonha

O Marketing Hacker continua disponível para consultoria para um número limitado de clientes. Marketing Hacker avisa: Favor manter se em fila indiana... ou não vou conversar com ninguém!!!
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Fale, minta, implore aos seus amigos para assinar esta newsletter. Diga que é fantástica, please... Não esqueça do meu email (mailto:hernani@javali.com.br)

Aceitamos sugestões, embora criticas negativas serão prontamente rechaçadas e ironizadas.

Marketing Hacker está sendo assessorada por vários escritórios de Advocacia, e quaisquer infortúnios serão prontamente respondidos judicialmente.

março 07, 2001

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MARKETING HACKER
http://www.marketinghacker.blogspot.com

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uma e-zine e-revolucionária

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Newsletter 007/2001
Março, 06, 2001
Editor: Hernani Dimantas (mailto:hernani@javali.com.br)
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Índice

1.Parangolé
2.Falta Personalidade
3.Vozes da Internet - SPAM com nova embalagem
4.Por Dentro
5.Por Fora
6.Escovando Mercados - Ressaca de Carnaval
7.Convidado Hype - O Banquete de DotComGuy
8.Biblioteca Binária - Out of Shadows
9.Auto Promoção Sem Vergonha
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1.Parangolé

Meus Colaboradores,

É estranho enviar uma carta para muitas pessoas. Eu, particularmente, não gosto da solução personificada. Acho muito invasivo qualquer empresa de marketing direto me chamar pelo primeiro nome. Pior quando meu primeiro nome aparece com uma grafia diferente da usual. Resolvi, então, me dirigir aos meus colaboradores.

Não é a toa. Colaboração é a lição de casa de todo internauta. Quem não colabora se estrumbica. Virou bom senso coletivo. Conversamos nas listas, e numa catarse anárquica, tornamo- nos tão amigos a ponto de participar do desenvolvimento do projeto alheio como se fosse próprio.

Na Internet tudo é novo. Nova Economia, novo bom senso, novas idéias... e é tão estranho como aceitamos estas novidades sem muito questionamento. Estamos rompendo barreiras que jamais havíamos pensado.

Escrevi sobre isto para o David Weinberger, que comentou na Joho - http://www.hyperorg.com/jan19-01.html

Hernani Dimantas writes about our article on common sense:

I do believe (you have asked for own observations) that the real society has been afraid to change its concepts. The society status quo is in the real word an untouchable paradigm. But on the web we look for and breathe revolution, and we are in an hurry for everything changing. ...
The virtual society is accepting all common senses that you described without any *deep question*. That's incredible 'cause it's blowing up the old ropeline in a very natural way. The revolution is common sense.

Yes, it is amazing how much weirdness we accept on the Web as if it were part of the natural order. In fact, that's more or less the topic of the book I'm working on. (More in future issues...)

Meu amigo Carlos Nepomuceno http://www.pontonet.com.br comentou sobre o Marketing Hacker, e disse que havia gostado do conceito (mais um "colaborador" para esta bem fadada e-zine). Mas como apresentar para as empresas? Que embora precisem de uma nova visão de mercado não vão compreender a sutileza do Marketing Hacker.

A Internet abre as portas. Aceitamos idéias diferentes, porque estamos vivendo uma estória diferente. Colaboramos com amigos virtuais, transcrevemos nossos mais profundos pensamentos nas listas, em sites, em chats, e em qualquer lugar que esteja pronto para receber tamanha diversidade de idéias. O Marketing Hacker está mostrando isso. O conceito foi criado pela Web, e estamos apenas surfando nesta onda. As portas estão escancaradas. Nem precisamos bater...



2.Falta Personalidade

Parece moderno. Mas é um modismo que a Internet está ressuscitando das cinzas. O CRM - Customer Relationship Management, da maneira que está sendo vendido, não passa de uma base de dados enfocada numa relação unilateral da empresa para o cliente. Este conceito está mais desatualizado do que fusca rodando pelas estradas brasileiras. Os clientes querem participar dos negócios.

Será que as empresas não vão entender que cliente da Web é o digníssimo senhor dos mares virtuais? Quem é navegador conhece este poder. E abrimos espaço para as nossas idéias, reclamações, e cobranças, batendo forte, e não deixando o mal retrucar. O usuário conhece os seus direitos, e sabe que sua voz alcança ouvidos interessados. As empresas tem que conviver com esta nova variável. Não dá mais para calar!!

Mas os Departamento de Marketing insistem em coletar todos os dados disponíveis sobre o cliente, misturar no liquidificador de bytes, e montar um perfil tangível que visa uma suposta melhor relação com a seu consumidor. Este fluxo unidirecional de conhecimento, onde as empresas acumulam todos os nossos dados e, em contrapartida, nos entopem de informações irrelevantes, não atendem a ambiguidade da relação cliente/ empresa. Este ranço egocêntrico afasta a empresa de um verdadeiro inter- relacionamento. Os consumidores querem mais... muito mais!! E as empresas vão ter que fazer das tripas coração para atender esta demanda.

O fluxo do conhecimento deve ser bidirecional. A empresa aprende com o consumidor, mas este também tem necessidade em trocar informações com as empresas. Ele quer conhecer o que acontece por trás do *firewall* corporativo, quem são seus interlocutores, os outros clientes. Querem conversar com as pessoas que compartilham com experiências parecidas. Enfim, o segredo acabou.

Do ponto de vista do Marketing online, não adianta montar uma base de clientes, e conhecer seus hábitos, se a conversação não estiver afiada. Na Amazon você compra livros que são indicados pelos próprios usuários através das sinopses, ou principalmente, através da filtragem colaborativa, que faz uma análise das pessoas que compraram este livro, e informa outros títulos também adquiridos por este conjunto de usuários (Customers who bought this book also bought:).

Este fenômeno da conversação nos mercados tem que ser melhor aproveitado pelos Departamentos de Marketing. Devemos abraçar o cliente como um co-colaborador. Esta é a aproximação da cultura Hacker, e que está produzindo surpresas, tais como Linux e Napster. Os clientes são muito mais numerosos, e conhecem as empresas melhor do que seus próprios executivos. Contudo as companhias continuam a derramar os recursos do marketing no ralo. Dizendo aos clientes no que eles devem acreditar. Eles só escutam tudo aquilo que os clientes sabem já. Assim não dá...

Cedo ou tarde alguém vai pagar por esta arrogância. E se a experiência for um bom guia, este alguém não será o cliente.


3.Vozes da Internet - SPAM com nova embalagem

Vejam só a nova embalagem:

Prezado amigo/a,
Se você gosta de aventura, romance, mistério, ação e suspense, acesse o site: http://www.xxxxxxxx.com.br (nota: não faço propaganda de spammer)
e faça o download, grátis, do mais recente lançamento do escritor Sxxxx
Pxxxx. O romance policial X XXXX XX XXXXXXX.
O escritor agradeceria a sua opinião sobre o site e as obras.
Obrigado.

Aih...aih...aih... Agora SPAM vem acompanhado de prêmios.. isto cheira mal... E muita gente está achando uma nova forma de fazer propaganda. Divulgar qualquer baboseira através da utilizaçao de uma base de dados sem autorizaçao expressa do destintário é uma afronta aos bons costumes do Marketing Hacker.

Imagine que o SPAM venha acompanhado por um desconto banal... muita gente iria adorar receber algum tipo de bonificaçao. Mas não deixa de ser SPAM. Para quem gosta destas bobagens há listas de opt- in, onde se pode autorizar o envio de email para estes fins.

Isto não é fórmula. É SPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAMMMMM


4.Por Dentro

Na véspera do Dia Internacional da Mulher - O Marketing Hacker selecionou alguns artigos das MULHERS que estão arrasando na Internet Brasileira!!

Rose de Melo Rocha -Nem lama nem caos
http://www.nova-e.inf.br/rosedemelo/nemlamanemcaos.htm

Angela Bittencourt Brasil - Meu querido "locatário"
http://www.nova-e.inf.br/pensadores/provedores.html

Rosa Alegria - O milênio mulher
http://www.nova-e.inf.br/pensadores/mulhernovomilenio.htm


Sônia Grisolia - O Baby já tem barba e bigode
http://www.widebiz.com.br/gente/sonia/baby.html


Gislene Bosnich - O impossível acasalamento
http://www.nova-e.inf.br/gislene/capitalismo.htm

Quer mais? Visite http://www.nova-e.inf.br/mulherescom.htm

Nada mais para dizer... Elas falam por si... Thanks very much...


5.Por Fora

O Marketing Hacker progrediu... da última vez forma enviadas apenas duas cópias... estamos melhorando!!!


6.Escovando os Mercados - Ressaca de Carnaval


Eu adoro viajar. Mas odeio feriados prolongados. Malas no carro, trânsito, pé na tábua, e vamos embora... para a felicidade das crianças, alegria da esposa, e minha vida dividida entre o digital e o real. Isto é doença de Interneteiro!!!

Mas tem algum fundamento. Passo muitas horas por dia conectado à Web. Faço minhas pesquisas, leio artigos, e falo com muitas pessoas. É um fluxo incessante de inter- relacionamento. Não será um mero feriado, uma festa de origem pagã que deixará meu espirito longe desta conexão.

Voltei relaxado. Carnaval com crianças não é nenhum ziriguidum. Muita piscina, muita cerveja, muito papel para ler, e virtualidade para pensar. Li os artigos do David Weinberger. Uma porrada de filosofia digital que espero trazer para o Marketing Hacker. Também li um artigo do Alan Mitchell sobre Branding. Muito bom. Uma idéia revolucionária de marketing com foco nas Marcas. Estou indicando um outro artigo do Mitchell na Biblioteca Binária.

Mas o retorno a rede é uma ressaca. Milhares de email esperando a vez de entrarem no meu Netscape. E além do saco de baixar toda esta papelada digital, tive que passar meus olhos por toda esta documentação. Minha vista descansada pediu colírio, mas continuei minha incursão pelos bytes do Carnaval.

Bem, estamos todos por aí... o ano recém começou outra vez.. e já estávamos em tempo de arregaçar as mangas, e continuar a teclar.

7.Convidado Hype

O Banquete de DotComGuy
Manoel Fernandes Neto
Como DotComGuy, muitas empresas preferem ficar isoladas de todo e qualquer movimento chamado de novo. Qualquer debate que coloque em destaque suas crenças, às vezes, em desarmonia com uma nova ética do mercado.
http://www.nova-e.inf.br/mfn/dotcomguy.htm

8.Biblioteca Binária

Out of Shadows
Alan Mitchell, Freelance Journalist

Este material foi publicado pela primeira vez em 1999, numa ediçao triplamente especial do Journal Of Marketing Management - http://www.westburn.co.uk/ - sobre Brand Realitty. São apenas 18 páginas que valem a marca...

http://www.brandknowledge.com/NPAP3_A.HTM

9.Auto Promoção Sem Vergonha

O Marketing Hacker continua disponível para consultoria para um número limitado de clientes. Aceita- se encomendas para festas... ooopps
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Aceitamos sugestões, embora criticas negativas serão prontamente rechaçadas e ironizadas.

Marketing Hacker está sendo assessorada por vários escritórios de Advocacia, e quaisquer infortúnios serão respondidos judicialmente.
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fevereiro 21, 2001

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MARKETING HACKER
http://www.marketinghacker.blogspot.com

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uma e-zine e-revolucionária

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Newsletter 006/2001
Fevereiro, 21, 2001
Editor: Hernani Dimantas (mailto:hernani@javali.com.br)
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Índice

1.As 10 variáveis do Marketing Hacker
2.Vozes da Internet- Pedofilia na Internet
3.Por Dentro
4.Por Fora
5.Escovando Mercados - Linux Forever
6.Vale a pena LER - Nem Lama nem Caos
7.Biblioteca Binária - Trial and Error: United States v. Microsoft
8.Auto Promoção Sem Vergonha
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1. As 10 variáveis do Marketing Hacker

Recebi muitos email pedindo para explicitar o que vem a ser o Marketing Hacker. Falar de ética, amor e reputaçao é muita viagem para que os mercados entendam a força do Marketing Hacker. Ficou muito vago para meus leitores poderem definir uma estratégia de ação baseada numa filosofia de negócios diferente dos esqueminhas tradicionais. Resolvi elencar os pontos importantes para uma prática não usual.

1.Tire o foco do teu próprio umbigo. O egocentrismo dos empreendedores é um tiro pela culatra. Muitas vezes acreditamos que as nossas idéias e projetos são imprescindíveis, mas os usuários não pensam assim. Eles tem umbigos próprios, e normalmente pensam diferente do que gostaríamos. Tente elocubrar seus negócios do ponto de vista dos usuários. Deixe teus consumidores participarem das tuas ações. Não se feche, abra os olhos, e aguce teus ouvidos. Os mercados estão informando os caminhos.

2.Relaxe. Não adianta querer crescer rapidamente. A Internet, embora acelere as nossas vidas, não é mágica. E nenhum coelho vai sair da cartola. Todo projeto requer uma estratégia a longo prazo. É bom começar a pensar no futuro ao invés do imediato.

3.Tenha Bom Humor. Não significa que você deva ficar enviando piadas para todo mundo, e muito menos, deixar teu site como um papagaio português. O bom humor é uma ferramenta poderosa, pois alivia o stress do cotidiano digital.

4.Tenha opinião. Fale com a tua própria voz, e deixe que as tuas palavras floresçam através dos bytes. A voz é uma dádiva, e estamos conseguindo resgatar o seu poder. Use e abuse das conversações.

5.Não tenha medo. A Internet facilita a vida de pessoas corajosas. Seja destemido, e mostre a cara.

6.Seja curioso. A Web é o lugar certo para desenvolver pesquisas. Nem sempre temos saco para desbravar o desconhecido, mas na Era do Conhecimento, saber ser curioso "vale mais do que um bifinho".

7.Seja um sonhador. Quem não gosta de sonhar? Deixe aflorar os teus pensamentos mais profundos, e descubra como fazer o sonho se tornar virtualidade.

8.A Internet é mais do que um novo ambiente. É um novo mundo. Muito mais divertido do que qualquer outra experiência que já vivemos. Pois trata- se de uma convergência de muitas tecnologias. Então, não deixe este ambiente ficar sério demais... Divirta- se.

9.Não entre em pânico. Errar é humano. Aprenda com seu erros espontâneos, e não com receitas seguras e procedimentos cautelosamente analisados. Aliás, esta é a forma de aprendizado da tentativa e erro. Sempre há espaço para desculpas.

10.Converse mais. Lembre que os mercados são conversações.

O importante é seguir todos estas dicas concomitantemente. Temos que nos divertir e sonhar para liberar o nosso amadorismo. O amador ama o que faz, e assim transforma a angústia cotidiana em arte. Fazer o que gostamos é um ponto de partida para qualquer empreitada.

E conversar, abrindo nossa mente para ouvir as vozes dos mercados, e soltar o verbo.... Não deixe ninguém falar por você. A reputação deve ser construída individualmente.

Em resumo, estamos neste mundo para sermos humanos. Este é o truque, e assim, nos tornamos autênticos. Repita sempre: "Eu não sou uma empresa. Sou um ser humano"



2.Vozes da Internet - Pedofilia na Internet

Todo tipo de abuso e discriminação devem ser coibidos na Web.

No entanto, não deve ser usado como escudo por interesses contrários à privacidade. Filtrar o conteúdo de um servidor, ou o trafego dos email na rede é uma tarefa que pode ser manuseada indiscriminadamente. Veja o caso Carnivore e o FBI. http://www.epic.org/privacy/carnivore/

Acredito que a sociedade tem que cobrar das autoridades um maior rigor para crimes como pedofilia e racismo. Mas não utilizar de tecnologia de ação coletiva, onde todas as pessoas tem suas vidas escancaradas. Vale lembrar que todos são inocentes até prova ao contrário.

Nos EUA, o departamento de justiça está punindo os ISP nos casos de pedofilia. Leia a matéria na Wired - ISP Guilty in Child Porn Case http://www.wired.com/news/culture/0,1284,41878,00.html


............................................................................................

A pedofilia é uma violência contra a criança e o adolescente.
....Se pensarmos que as drogas, o álcool, a violência, a discriminação, o turismo sexual não tem jeito, daqui a pouco vamos ter que ficar dentro de casa presos e deixar a violência em liberdade.... Tem que apurar, julgar e prender os responsáveis. Só assim teremos um mundo melhor e mais justo.
Rosângela Silqueira Hickson Rios -Diretora de Tecnologia diretor@virtualschool.eti.br
www.virtualschool.eti.br
..................................................

E aí? Fica assim mesmo? Vocês acham que quem hospeda um site desse tipo tem que ser responsabilizado?
Não valeria um cuidado maior dessas empresas com o tipo de informação que estão hospedando? Acho que a imagem da «empresa que hospeda» mesmo negando que tenha envolvimento no caso fica ruim. Não acham?
Gisele - gisele@okibuxi.com.br

...................................................

As pessoas estão dando muita importância para a questão da pedofilia na
Internet. Parece que pedofilia é uma coisa nova! Estamos cansados de saber que no Brasil não existe um sistema eficiente de proteção a infância. Sabemos também que o sistema educacional é terrivelmente mal estruturado. O que podemos esperar das pessoas de um modo geral? A sociedade perdeu o conceito de moralidade e não tem referencial para apoiar suas atitudes. Com certeza em algum determinado momento você já viu um pai de família desejar uma menina que tinha idade para ser sua própria filha, não é? Vemos todos os dias nas novelas uma tremenda salada de relacionamentos, casamentos desfeitos e etc... isto tudo contribui para que os valores sejam invertidos, etc. Estamos nos aproximando do Carnaval e vc acredita que muitos turistas viram até aqui só pra ver a "manifestação folclórica"? impossível! não é à toa que o governo está preocupado com o turismo sexual. Quero dizer que existem muitas coisas mais importantes para se discutir. Ao invés de desperdiçar tempo com esta questão da pedofilia na internet.

É impossível controlar este tipo e coisa.

Fabio Carioca - fabiocarioca@ig.com.br

...........................................................................

Desperdiçar tempo ???
Pedofilia é nojento, repugnante, monstruoso !

... Mas é possível controlar este tipo de coisa, sim. Basta vontade política e união de forças.

O que não dá é pra não denunciar, não fazer nada, omitir. A imprensa tem mais é que divulgar. E que as autoridades apurem. E que todos denunciem, inclusive os provedores !



Comparar pedofilia com homossexualismo?

.....Não estamos falando de "simples"(?) preconceito, mudança de valores conforme o seguir dos anos.

Estamos falando de crime . E crime hediondo ! Pedofilia é bárbaro ! É abuso pra lá de bárbaro ! Não tem consentimento !
É exploração humana !

E que a indignação não me abandone jamais. Para que eu possa viver "espantada" todos os dias do novo milênio.

Isabel Machado
Assessora de Imprensa
vida@bignet.com.br

....................................................................

Quantos Sites tem a «empresa que hospeda» ? 50.000 ?

Imagine ter que olhar site por site, Todos os dias, Todas as Páginas, para garantir que não tem pedofilia...

Precisaria de pelo menos umas 500 pessoas (100 sites/dia por pessoa, talvez seja necessário mais, mas fiquemos nos 500)

...... concordo que a responsabilidade tem que ser de quem CRIA O SITE... a «empresa que hospeda» poderia fazer o que faz a Geocities, embora afirme que a responsabilidade é do Criador do Site, quando se descobre um site pornográfico (e lá não é só pedofilia, pornografia adulta também não é aceita) o site sai do AR imediatamente...

Acho que o que deveria ser feito é : No momento em que um site desse é descoberto, ao invés de retirar do ar, monitorar os acessos, e comunicar a polícia, ficaria muito mais fácil acabar com esse lixo Nojento da Internet...

Luiz E-dmundo CPW - Consultoria e Planejamento de WebBusiness
luizm@rocketmail.com


3.Por Dentro

A dica do Raul Candeloro http://www.vendamais.com.br para evitar o recebimento de SPAM é ótima. Basta perceber que os SPAMMERS sempre se valem de frases para descaracterizar o ato. É só filtrar. utilizando algumas palavras contidas nestas mensagens não solicitadas, e mandar tudo para o lixo. A saber:

" Seção 3 0 1, Parágrafo (a) (2) (c) Decreto S.1 6 1 8, Título Terceiro aprovado pelo "1 0 5 Congresso Base das Normativas Internacionais sobre o SPAM". Este E-mail não poderá ser considerado SPAM quando inclua uma forma de ser removido. Para ser removido de futuros correios, simplesmente responda indicando no Assunto: REMOVER. "

"ARE YOU AWARE THAT... each year, over 400 million trees are cut down in order to provide the paper for the "postal" bulk mail industry in the United States? By using e-mail instead, we can significantly reduce this unessary consumption as well as decrease the billions of tons of resulting waste material that clogs our landfills. SAVE THE TREES, SAVE THE PLANET, USE E-MAIL INSTEAD!"

"Don´t S P A M, it hurts"

Outras frases de efeito são utilizadas, tanto em português como em Inglês. Nenhuma empresa séria assina assim.....

* Filtre sempre o corpo da mensagem, e utilize algumas chaves contidas no texto. Propositadamente separei com espaço entre os números do Decreto S.1 6 1 8 ..... para enganar o filtro do Candeloro.



4.Por Fora

Estava pensando em retirar este Por Fora..... Não sou policial... sou do Marketing Hacker.... E ficar alertando o que está certo ou errado na rede não é tarefa para amadores...

O Marketing Hacker falhou... e na semana passada, esta e-zine foi triplicada. Desculpas... desculpas... mas todos os cadastrados foram vítimas de problemas do meu SMTP. Reclamei com o provedor, com a Topica, e comigo mesmo. Vou tentar acertar.



5.Escovando os Mercados: Linux Forever

Roberto Cury Jr./ colaboração de Hernani Dimantas

"If it's a hobby for us and a job for you,
then why are you doing such a shoddy job?"
-- Linus Torvalds to Microsoft


Os grandes desenvolvedores de softwares só se interessam em disponibilizar determinado programa para uma plataforma especifica, quando o número de usuários e empresas que a utilizam for expressivo. Se o Linux não fôsse uma alternativa interessante, não existiriam ações da Sun Microsystems, Dell, Compaq, Oracle, Electronic Arts e a própria Corel.

A Corel não se deu bem no universo Linux (pelo menos não até agora). O seu sistema operacional (Corel Linux) é baseado no Debian e não fez muito sucesso entre os "Linux Users" por não ser compatível, e não possuir uma serie de módulos e compiladores. Contudo o Linux Debian é um excelente distribuiçao, e terá muita estória para contar

Outro produto da Corel para Linux: o Photo-Paint para Linux é uma farsa. Ele utiliza o WINE (um interpretador de APIs do windows - um emulador mais leve) para carregar o Photo-Paint do Windows no Linux. Como um produto pode fazer sucesso em uma plataforma que possui todos os recursos para uma versão 100% nativa e usa uma "gambiarra" para funcionar?

Mas por que as grandes empresas se interessariam por um produto gratuito? Os produtos Open Source não são grátis, não necessariamente.... A tradução da palavra "free software" tem dois significados em português: Pode ser grátis ou livre. O movimento Open Source atua pela liberdade, e não pela gratuidade. Ate' porque o free software tem TCO - Total Cost of Ownership (Custo total de Propriedade).

O que já' estamos presenciando e' uma mudança na maneira de como um software e' vendido. Você prefere usar Linux, ter acesso ao código-fonte, e realizar as modificações que você gostaria em programas e no sistema operacional ou estar amarrado em um sistema operacional "caixa-preta" onde você não sabe o que acontece "nos bastidores" e esta' condicionado às opções que alguém acha que e' a mais adequada para você.

No entanto, dentro da ótica do free software, o programa tem que ser muito bom para ser pago. Logo não temos certeza se este modelo seja realmente viável. Mas quando nos referimos ao software para Linux, devemos nos lembrar de desenvolvimento e prestação de serviços. E tem gente que diz que não dá para ganhar dinheiro com free software. (Lembre: livre, não grátis)

Não penso que a Microsoft irá acabar em função do Linux. Ela tem seus méritos, mesmo com todos os problemas que acompanham a polêmica empresa de Redmond. Hoje não existe interface gráfica mais intuitiva e "idiot-friendly" (um nível acima de user-friendly) que o Windows - e o Linux ainda não conseguiu superar isso.

Se o seu negócio é usar os recursos que alguém acha que serve para você, destinado aos usuários leigos, use Windows. Se procura uma plataforma completa, estável, realmente multitarefa e que possui milhares de programadores ao redor do mundo colaborando voluntariamente, permitindo um aprendizado constante - use Linux

O melhor de tudo é ter opção de escolha, independente do nível social. Você pode usar um sistema operacional poderoso e que é livre, e ajudar a reduzir a exclusão digital em que a maioria dos brasileiros estão condenados Este é apenas um dos inúmeros benefícios.


6.Vale a pena LER

Nem Lama nem Caos
Rose de Melo Rocha

Em " Comunicação em tempos de incerteza" a articulista fala de ética e
estética na comunicação. Diz Rose: " Acredito que devamos ser, todos,
narradores de nossa época. Creio que não nos acompanham mais, com
muita facilidade, grandes verdades ou certezas."
http://www.nova-e.inf.br/rosedemelo/nemlamanemcaos.htm


7.Biblioteca Binária

No livro Trial and Error: United States v. Microsoft, Paul Beckner, Presidente da Fundaçao CSE - Citizens for a Sound Economy Foundation, e Erick Gustafson - Diretor do Center for Consumer Choice / CSE, compilaram um nmero importante de trabalhos, opinioes, e editoriais sobre o processo antitruste contra a Microsoft. O livro conta com contribuiçoes de Milton Friedman, Richard Schmalensee, e C. Boyden Gray - CSE's Chairman

O livro vai além do caso Microsoft. Serve como uma ferramenta útil para todas as pessoas que acreditam na competiçao e na inovaçao nos mercados. Está disponível em PDF no http://cse.org/n_index.html

8.Auto Promoção Sem Vergonha

O Marketing Hacker está disponível para consultoria a um número limitado de clientes. As senhas poderão ser retiradas no Edifício da Previdência Social, em São Paulo, a partir das 5 hs da manhã, na Quarta Feira de Cinzas, 28 de fevereiro de 2001.
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Aceitamos sugestões, embora criticas negativas serão prontamente rechaçadas e ironizadas.

Marketing Hacker está sendo assessorada por vários escritórios de Advocacia, e quaisquer infortúnios serão respondidos judicialmente.

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MARKETING HACKER - uma e-zine e-revolucionária
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